A morte de Aruna Rodrigues, segunda gêmea siamesa separada em Goiânia, ocorreu em decorrência de um choque séptico provocado por uma infecção viral, segundo informou o Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad).
O óbito foi registrado na tarde da véspera de Natal, sete meses após a cirurgia de separação que comoveu o país e que resultou na morte da irmã Kiraz poucos dias depois do procedimento.
Mais informações sobre o falecimento de Aruna
De acordo com o hospital, Aruna vinha sendo acompanhada diariamente por uma equipe multiprofissional e apresentou evolução positiva ao longo dos meses. Com a melhora no quadro clínico, a criança foi transferida da UTI para a enfermaria no dia 10 de dezembro. No entanto, dias depois, passou a apresentar complicações respiratórias graves, o que motivou o retorno imediato à terapia intensiva.
O pai da menina, Alessandro Rodrigues, também se manifestou nas redes sociais para comunicar a perda. Em vídeo, ele relatou que a filha enfrentou diversos procedimentos e cirurgias ao longo da internação e conseguiu superar etapas difíceis do tratamento. Segundo ele, a piora ocorreu após a saída da UTI, quando Aruna contraiu uma infecção seguida de um vírus, não resistindo às últimas complicações.
Médico confirmou o óbito
A morte foi confirmada publicamente pelo cirurgião Zacharias Calil, responsável pela cirurgia de separação, realizada em 10 de maio e com duração de 19 horas. O procedimento envolveu 16 especialistas e cerca de 50 profissionais de diferentes áreas. Naturais de Igaraçu do Tietê, em São Paulo, Aruna e Kiraz tinham um ano e seis meses quando passaram pela operação, planejada ao longo de mais de um ano, e se tornaram símbolo de fé, resistência e comoção nacional.
