A morte de Aruna Rodrigues, gêmea siamesa que havia sobrevivido à cirurgia de separação realizada em Goiânia, foi lamentada publicamente pelo pai, Alessandro Rodrigues. Em um registro divulgado nas redes sociais, ele relatou a luta da filha ao longo dos últimos meses e expressou a dor pela perda.
Segundo Alessandro, Aruna passou por diversos procedimentos desde a separação da irmã Kiraz, realizada no dia 10 de maio, em uma cirurgia que durou cerca de 19 horas. A menina havia deixado recentemente a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Estadual da Criança e do Adolescente (Hecad) e sido encaminhada para a enfermaria, após apresentar melhora clínica. No entanto, acabou desenvolvendo uma infecção associada a um vírus, o que agravou seu estado de saúde.
Pai se manifesta após morte de Aruna
“Infelizmente, ela não conseguiu vencer essa última batalha”, disse o pai de Aruna, ao confirmar e lamentar o falecimento da filha, ocorrido na véspera de Natal. Em nota, o Hecad informou que Aruna foi acompanhada de forma contínua por uma equipe multiprofissional durante sete meses.
O hospital destacou que, após a transferência para a enfermaria no dia 10 de dezembro, a criança apresentou complicações respiratórias severas, precisou retornar à UTI e foi diagnosticada com uma infecção viral. Apesar dos esforços médicos, ela morreu às 15h51 do dia 24 de dezembro, em decorrência de um choque séptico.
Mais sobre as gêmeas siamesas
Aruna e Kiraz eram naturais de Igaraçu do Tietê, em São Paulo, e tinham um ano e seis meses quando passaram pela cirurgia de separação. As irmãs eram unidas pelo tórax, abdômen e bacia, o que tornou o procedimento ainda mais complexo, exigindo a atuação de 16 especialistas e cerca de 50 profissionais de diferentes áreas. Kiraz faleceu dias após a cirurgia, e a história das gêmeas comoveu o país pela longa preparação médica, pela mobilização da família e pela comoção gerada em torno da luta das duas crianças.
