O ex-presidente Jair Bolsonaro deverá passar a virada do ano internado no Hospital DF Star, em Brasília, por orientação da equipe médica que acompanha seu pós-operatório. Segundo os profissionais responsáveis, a permanência no hospital é considerada necessária para garantir a recuperação após cirurgias e procedimentos realizados nos últimos dias. A expectativa é que a alta médica ocorra apenas no dia 1º de janeiro de 2026, desde que não surjam novas intercorrências.
Na tarde desta segunda-feira, 29, Bolsonaro foi submetido a um procedimento no nervo frênico, indicado para reduzir crises recorrentes de soluço. Após a intervenção, os três médicos que integram a equipe do ex-presidente concederam entrevista coletiva e afirmaram que o procedimento transcorreu dentro do esperado, sem complicações relevantes durante a execução.
Equipe médica detalha evolução e período de observação
“A gente está trabalhando com a hipótese de que, se não houver novas intercorrências, ele fique até quinta-feira”, afirmou Cláudio Birolini, médico do ex-presidente. De acordo com os especialistas, a intervenção durou cerca de uma hora, mas o pós-operatório exigiu observação adicional em razão de uma crise hipertensiva apresentada por Bolsonaro. Apesar do episódio, o quadro clínico é considerado estável e com evolução satisfatória.
Os médicos informaram ainda que o ex-presidente permanecerá sob observação intensiva pelas próximas 24 a 48 horas. O objetivo é analisar o comportamento dos episódios de soluço após o procedimento.
Apneia grave, novos exames e permanência no hospital
Segundo a equipe, Bolsonaro deve passar por uma nova endoscopia entre esta terça-feira, 30, e quarta-feira, 31. Durante a madrugada, ele refez um exame de polissonografia para avaliação da apneia do sono. O resultado indicou um quadro grave, com cerca de 50 episódios de interrupção respiratória por hora, inclusive de padrão obstrutivo.
