Zelenskiy quer tropas dos EUA na Ucrânia e suposto ataque à residência de Putin vem à tona

Conversas com Trump avançam, mas suposta ofensiva contra residência de Putin ameaça acordo de paz.

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelenskiy, afirmou nesta terça-feira que Kiev mantém negociações diretas com Washington sobre uma possível presença de tropas dos Estados Unidos em território ucraniano como parte das garantias de segurança. A declaração ocorre em um momento delicado das tratativas para encerrar a guerra iniciada pela invasão russa em larga escala, em 2022.

Em conversa com jornalistas por meio de um bate-papo no WhatsApp, Zelenskiy reforçou que a Ucrânia segue comprometida com as negociações de paz e declarou estar disposto a se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin, em qualquer formato. No domingo, o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que ele e Zelenskiy estavam talvez muito próximos de um acordo, embora divergências territoriais ainda sejam um obstáculo relevante.

Zelenskiy pressiona por tropas americanas como garantia de segurança

Segundo o líder ucraniano, a presença de militares dos EUA representaria um avanço decisivo na proteção do país. “É claro que estamos discutindo isso com o presidente Trump e com representantes da coalizão (ocidental). Nós queremos isso. Gostaríamos que fosse assim. Essa seria uma posição forte das garantias de segurança”, afirmou. A Casa Branca, até o momento, não comentou a possibilidade de envio de tropas.

Zelenskiy também reagiu com veemência à acusação russa de que drones ucranianos teriam atacado uma residência presidencial de Putin, na região de Novgorod. Moscou classificou o episódio como “terrorismo de Estado” e ameaçou endurecer sua posição nas negociações, apesar de não apresentar provas materiais do suposto ataque.

Apoio francês a Ucrânia

Em Paris, uma fonte próxima ao presidente francês Emmanuel Macron disse não haver qualquer evidência que sustente a acusação russa relacionada aos ataques a residência de Putin. Enquanto a diplomacia tenta avançar, a Rússia lançou novos ataques com drones contra a região portuária de Odessa, área estratégica para a economia ucraniana e para o comércio no Mar Negro.