Os caminhoneiros pararam o país por quase duas semanas e o brasileiro continua pagando a conta: alimentos caros, comércios e fábricas que precisaram fechar as portas durante a greve por falta de insumos, hospitais com atendimento precário, falta de combustível e muito mais.
Após o fim da greve, internautas, a maior parte deles apoiadores de uma intervenção militar que não existe no ordenamento jurídico brasileiro, começaram a propagar vídeos e notícias de que haverá uma nova greve. A maior parte das publicações incita as pessoas a apoiarem e retomarem a greve, pois o governo supostamente teria desistido de cumprir sua parte no acordo assinado no dia 24 de maio.
Órgãos de inteligência estão atentos a vídeos e notícias falsas que incitam a retomada da paralisação dos caminhoneiros, diz ministro
O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, disse que não descarta que haja punição contra as pessoas que estão descaracterizando os atos do governo no acordo assinado por 8 das 9 entidades que representam os caminhoneiros no Brasil. Os órgãos de inteligência do governo já estão cuidando do caso. Dentre as medidas anunciadas pelo governo estão a redução de R$0,46 no preço do diesel, o congelamento do preço atual por 60 dias e a suspensão da cobrança de pedágio por eixo suspenso.
O movimento dos caminhoneiros pode ter começado por um grupo objetivando alguma mudança positiva, mas acabou virando um cenário de inúmeras ações criminosas, como infração ao direito de ir e vir, agressões físicas e ameaças contra quem não queria aderir à greve, um homicídio, desabastecimento de alimentos nos centros de distribuição e supermercados de todos os estados, oportunidade para donos de postos de combustível se aproveitarem da situação para elevarem os preços por conta própria e envolvimento de bandeiras políticas.
No decorrer da greve foi possível ver de Bolsonaro a membros da CUT apoiando a greve e fazendo discursos políticos. Também houve prisões e investigações da polícia federal por conta do crime de locaute por parte de donos de transportadoras.