Bolsonaro coloca o ‘armamento’ em pauta e presidenciáveis opinam sobre o assunto

Os que querem revisão ao estatuto desarmamento são Jair Bolsonaro, João Amoedo e Álvaro Dias.

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Gustavo Lima postou a foto com um fuzil em mãos com a legenda: “Uma tarde no clube de tiros“. Na mesma época que lançava as músicas Homem de Família e Apelido Carinhoso, aproveitando a legenda, ele declarou total apoio ao candidato à presidência, Jair Bolsonaro; pois, como o candidato, ele também apoia armar cidadãos de bem.

Quando passou pelo Japão, ele defendeu que mulheres deveriam ter uma arma em casa, e não só confiar nas leis, pois assim vagabundo nenhum ia mexer, nem maltratar, nem abusar das mulheres. Ele disse: “se a mulher tiver uma arma em casa o (vagabundo) não vai fazer besteira”.

Esse episódio, somado à intervenção do Rio e à crise de segurança pública, vem revivendo e levantando polêmicas sobre o estatuto de desarmamento. Em pesquisa, a população ficou dividida, 56% dos entrevistados tem a seguinte opinião: “A pose deve ser proibida, pois apresenta ameaça a vida de outras pessoas“; já 42% falaram: “possuir uma arma legalizada deveria ser direito do cidadão de se defender“; e 2% não quiseram opinar sobre o assunto.

Presidenciáveis se dividem quanto ao porte de armas

Os candidatos ao Planalto estão divididos. Os que querem revisão ao estatuto desarmamento são Jair Bolsonaro, João Amoedo e Álvaro Dias. Já o PCO, diz que na “ótica revolucionária, o direito de se armar, e a necessidade de se defender é justamente do Estado”.

Sobre isso, Amoedo diz “não é razoável o que temos: a assimetria criada por uma lei que desarma cidadãos de bem, mas deixa as armas na mão do assassino, o Estado e incapaz de nos defender dos 60 mil homicídios anuais, não pode acabar com os meios de legítima defesa”.  Levy Fidelis fala que pessoas do bem deveriam ter outra forma de defesa.

Álvaro fala que é obrigações do Estado garantir segurança, pois a população paga impostos, mas também é da opinião de que o cidadão tem direito de decidir se quer ou não o “porte”. Geraldo Alckmin é contra, então questiona e alimenta o debate: “Qual a importância das armas civis?”. E ainda afirma que “a luta contra o crime deve ser feita pela polícia armada e treinada, moderna e valorizada“.

 Ciro Gomes diz: “Segurança pública não se resolve armando toda a população, se resolve com investimento em inteligência, polícia bem treinada e bem paga, e acima de tudo, políticas públicas de educação, saúde, cultura e lazer, para não deixar a juventude se aliciada ao crime”.

Guilherme Boulos opina que armar os cidadãos apenas vai dar uma falsa sensação de segurança, pois deve aumentar os crimes por ódio. Para Manuela D’Ávila, se armar os cidadãos, as maiores vítimas serão as mulheres. Rodrigo Maia diz que a pessoa para ter porte de arma terá que ter 25 anos, não ter passagem pela polícia nos últimos anos, além de um exame psicotécnico mais amplo, testando o equivalente emocional.

Procurados pela Folha para dar sua opinião, Henrique Meirelles, Fernando Collor, Marina Silva e Lula não quiseram opinar.

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