Sérgio Moro anula interrogatório da Lava Jato de Curitiba

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O juiz federal Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato, decidiu anular um interrogatório realizado pela força-tarefa de Curitiba. O interrogatório é do ex-assessor da Casa Civil do ex-governador do Paraná, Beto Richa (PSDB), Carlos Felisberto Nasser.

De acordo com o magistrado, Nasser não foi informado sobre o direito de permanecer em silêncio, já que foi formalmente acusado. O direito ao silêncio faz parte de um condição essencila para que se tenha validade o interrogatório da fase investigatória e judicial. 

Ainda, segundo o juiz, caso o acusado não tenha esse direito bem esclarecido, o Ministério Público Federal (MPF) não pode caracterizar uma prova testemunhal. Em seu despacho sobre esse caso, Moro deferiu o pedido da defesa de Carlos Felisberto Nasser e declarou a ilicitude do interrogatório na fase de investigação. O interrogatório está anulado, conforme ressalta o juiz.

O juiz, porém, afirmou que essa anulação não interfere nas investigações que vão continuar. Existem muitas outras provas contra Nasser. Tudo será apurado e analisado pelos investigadores.

Contas no exterior

O ex-ministro Guido Mantega informou ao juiz Sérgio Moro sobre os valores depositados em uma conta no exterior. O US$ 1,3 milhão foi depositadom por Victor Sandri, que seria um empresário ligado a Joesley Batista.

Segundo Mantega, o dinheiro é referente um negócio imobiliário firmado entre a construtora Sandri Projetos e Construções, que pertence a Victor.

O empresário teria adquirido propriedades da família do ex-ministro da Fazenda e a transação no exterior foi feita em 2001, antes dele ocupar cargos no governo petista.

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