O juiz federal Sérgio Moro por um bom tempo se mostrou tranquilo em relação a sua segurança. Conforme as informações da revista Crusoé, o juiz ia trabalhar até mesmo de bicicleta e não tinha receio de nenhum perigo. Com o avanço da Operação Lava Jato, as coisas foram mudando. Moro se viu odiado por vários poderosos da política, que não concordam com seus julgamentos. Xingado, atacado, agredido, Moro se mantém firme no seu conceito de que a Jusitça está sendo feita, independente de quem seja a pessoa.
A condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva aumentou o número de ameaças sofridas pelo juiz. Ele começou a se preocupar mais com tudo, inclusive com sua família.
Em um e-mail recente enviado à área de segurança da Justiça Federal de Curitiba, Moro comentou que faria uma viagem ao exterior e precisava de apoio. Segundo o juiz, por causa dos "tempos turbulentos" seria importante a companhia de um guarda-costas.
Para garantir mais tranquilidade e paz ao juiz, foram tomadas algumas medidas de segurança no prédio onde fica seu gabinete. Todas as atenções estão redobradas.
Difamação
Em um evento, nos Estados Unidos, o juiz também comentou sobre um outro problema sofrido por ele. No dia 20 de maio, ele afirmou que as investigações da Lava Jato não tem sido fáceis. As ameaças são constantes e há muita difamação.
O magistrado ressaltou que tem muita gente que não aceita deixar a corrupção e quer buscar apenas seus interesses. "E eles são muitos. E são poderosos", diz o juiz.
O juiz lembrou, em seu discurso, que mais de 157 pessoas foram condenadas por corrupção e lavagem de dinheiro. Moro também falou que as manifestações de apoio à Lava Jato fazem a diferença e ajudam para que os políticos possam aprovar leis que vão de acordo com o anseio popular.