Um filho é fruto de um relacionamento entre duas pessoas que se amam – ou não. Em muitos casos, o pai ou a mãe transfere para o filho o sentimento que tem do companheiro. Por isso é muito comum, por exemplo, um homem brigar com a ex-mulher e passar a sentir raiva dela e do filho do casal.
Assim, alguns se apegam com os filhos da esposa na qual se dão bem. Segundo a psicóloga Carolina Mello, isso pode parecer estranho, mas a tendência é que: se o homem gosta da esposa, ele gosta do filho que teve com ela; se ele não gosta, ele também não vai gostar do filho. Isso também pode ocorrer no caso das mães.
O que não justifica o motivo dos pais abandonarem os filhos do primeiro relacionamento, mas pode explicar um pouco. Claro que isso não é adequado. A pessoa deve nutrir um sentimento pelo filho, independente se ele se dá bem com a ex-companheira ou não.
Uma das razões para isso é que, às vezes, um casal se desentende e o pai se afasta. A mãe, que pode estar com muita raiva do ex-companheiro, coloca o filho contra o pai, proibindo de vê-lo, fazendo intrigas, colaborando para que a relação fique fria e distante.
Sem acesso ao filho, os dois podem se distanciar emocionalmente. É importante compreender que a mãe deve facilitar e contribuir para que o pai se relacione bem como filho, assim como o pai deve colaborar para isso.
Um relacionamento é construído com respeito e dedicação. Há pessoas que querem esquecer o passado, abandonam o ex-companheiro(a) e esquecem tudo que fez com ele, mas um filho é uma pessoa que não tem culpa do relacionamento dos pais ter dado errado e merece o respeito e carinho, tanto do pai quanto da mãe.