Jair Bolsonaro, pré-candidato à Presidência da República, deu uma forte declaração, mostrando uma indignação com os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF). Em uma visita a Forlaleza, o deputado defendeu que na Corte Brasileira deveria ter mais dez ministros. Ao todo ficariam 21 ao invés de 11. Porém, esses 10 ministros a mais deveriam ser do nível do juiz federal Sérgio Moro.
A Segunda Turma da Corte, que tem como ministros: Ricardo Lewandowski, Gilmar Mendes, Celso de Mello, Edson Fachin e Dias Toffoli, tem sido muito criticada por todos com suas decisões polêmicas. Fachin e Mello tem sido voto vencido diante dos três ministros que não concordam com os designios da Operação Lava Jato.
A proposta do pré-candidato de aumentar o número de ministros do STF esbarra numa possibilidade remota, conforme explicações do Jornal Carioca. Para que houvesse um aumento no STF, a Constituição teria que ser mudada. Outro lado complicado é que o Senado Federal tem o poder de recusar tal medida.
Tribunal suspeito
O STF virou um tribunal suspeito para muitas pessoas. Muitos acreditam que os três ministros: Lewandowski, Dias Toffoli e Gilmar Mendes, querem apenas a liberdade dos presos e afundar a Lava Jato. Buscar a soltura de Lula seria uma estratégia que está sendo pensada na Corte. Para eles, as decisões dos juízes de primeira instância e as condenações na segunda instância não devem ser levadas a sério.
Quando Bolsonaro falou em dez ministros que sejam a nível de Sérgio Moro, ele simplesmente humilhou aqueles que, de uma certa forma, desrespeitam o colegiado. Deltan Dallagnol, coordenador da Lava Jato chegou a dizer que os três magistrados violaram as regras do tribunal ao soltarem os condenados.
Vale ressaltar que, em 2016, foi votado que é permitido prisão após condenação em segunda instância. Porém, não é o que estamos vendo hoje.