Nenhum crime é perfeito e, na verdade, os que ficam sem solução são mal investigados, isso porque o corpo da vítima 'fala' e através dele é possível saber toda a mecânica de um assassinato. As marcas encontradas no cadáver são como enigmas que os peritos forenses são capazes de decifrar em exames minuciosos que são realizados no IML (Instituto Médico Legal).
No caso do assassinato brutal de Vitória Gabrielly, a perícia chegou a algumas conclusões importantes que nortearam as investigações criminais. Entre elas, podemos destacar que a garota foi morta no dia 8 de junho, no mesmo dia que desapareceu na cidade de Araçariguama (SP).
A causa da morte foi por asfixia mecânica que ocorreu através de um golpe conhecido como mata leão. Vitória chegou viva ao local onde foi assassinada, isso porque, na sola do seu chinelo havia terra, que indicou que ela caminhou pelo local onde foi encontrada morta. A menina de 12 anos lutou por sua vida, pois há marcas de defesa em seu corpo e foi a vontade de viver de Gabrielly que possibilitou o recolhimento de material genético.
Vitória Gabrielly guardou o nome do assassino debaixo das suas unhas
Diante deste cenário é possível afirmar que Vitória foi a responsável pelo esclarecimento de seu assassinato. O que o corpo dela 'contou' para a perícia, aliado com o trabalho de investigações minuciosas da polícia, possibilitaram que pelo menos um dos envolvidos fosse indentificado.
O material genético colhido sob as unhas de Gabrielly foram recolhidos e cuidadosamente analisados e, o DNA (Ácido Desoxirribonucléico) de um dos suspeitos pelo crime foi encontrado, o servente de pedreiro Julio César Lima Ergesse, que já estava preso e na noite de quinta-feira (28), foi indiciado por homicídio doloso (quando há intenção de matar).
De acordo com a Polícia Civil, o exame do DNA dessas amostras revelou compatibilidade com o material genético colhido do suspeito. De acordo com a polícia, não é possível dar mais informações porque as investigações continuam sob segredo de justiça.
Ao lutar pela vida, provavelmente Vitória Gabrielly arranhou seu algoz e foi assim que ela guardou o nome do assassino debaixo das unhas.