Os brasileiros estão acostumados com a narração de Galvão Bueno e com as transmissões sempre ufanistas que o narrador e outros profissionais da Globo fazem durante a Copa do Mundo, mas o escritor inglês Jonathan Wilson, autor de livros sobre futebol e editor da revista trimestral The Blizzard, não está nada satisfeito em dividir espaço com profissionais da emissora brasileira na Rússia.
Quase 200 profissionais do grupo Globo, que inclui o SporTV e o Globoesporte.com, estão cobrindo a Copa do Mundo de 2018 in loco. Na TV aberta, a Globo tem dedicado muito tempo de sua programação para falar sobre o Mundial, com repórteres entrando ao vivo do país e equipe de narradores e comentaristas nos estádios.
“Não tenho nada contra o Brasil, mas quanto antes a Globo sair desse torneio, melhor. Milhares deles estão aqui, são barulhentos e grosseiros no que deveria ser uma área de trabalho”, afirmou Jonathan Wilson, exagerando nos números de profissionais da emissora.
O escritor inglês Jacob Steinberg deu uma dica a Wilson. “Tente fazer amizade com eles”. “Eu tentei. Suspirei bem alto, forcei a garganta, e aí me levantei e fui embora. Acho que não demonstro tanta emoção desde que a Diana morre”, ironizou Wilson. O escritor ainda chamou os brasileiros de irritantes.
No Brasil, Galvão Bueno não é unanimidade, apesar de ser a voz principal da Globo em Copas desde 1990. A narração de Galvão na conquista do tetra em 1994 é uma das icônicas da história das transmissões esportivas do país.
Nas redes sociais, alguns internautas defenderam Galvão dizendo que o narrador transmite partidas com emoção e não como quem está tomando o chá das cinco, em referência a um hábito. bastante comum na Inglaterra.