Continua a longa saga para a busca das crianças que estão presas na caverna alagada Tham Luang, na Tailândia. São gastos onze horas no caminho de ida e volta no local onde os doze meninos mais o treinador estavam presos. Só para andar no primeiro trecho, que é o mais perigoso, são gastas oito horas, além disso, ele se bifurca, complicando ainda mais.
O trajeto tem muitas dificuldades, não tem visibilidade, tem desníveis, é bastante apertado e não tem nenhum ponto para descanso. “É uma viagem exaustiva”, diz Ivan Karadzic, que tem 44 anos e é um dos mergulhadores voluntários para as buscas. Para se ter a ideia do quanto é perigoso, um dos mergulhadores morreu no trajeto.
Karadzic, que é especializado em cavernas, chegou ao local faz três dias, mergulhando pela primeira vez na quinta-feira (5). Pouco tempo antes desse mergulho inicial, Sarman Gunan perdeu a vida no trajeto de volta, pois acabou o oxigênio de seu cilindro. Para ele, o trabalho se complica ainda mais, porque a caverna continua inundando com as chuvas de temporada.
Segundo o profissional, é preciso andar por um trecho "tortuoso e brutal", por uma hora e meia, até chegar na água. O local tem água e barro até a altura do joelho, com pedras, desníveis, a direção muda constantemente e há quedas de cinco a dez metros. No meio do caminho, há um ponto de descanso para que eles possam recuperar as forças.
O mergulhador diz que é muito complicada a condição de buscas até o local, porém é possível que consigam tirar as crianças somente mergulhando. Para ele, é necessário que as crianças aprendam a nadar, o que é uma técnica básica na imersão.