Desde que a Copa do Mundo da Rússia começou a ser disputa e todos os holofotes se voltaram para a seleção brasileira, há inúmeras postagens feitas em redes sociais com o intuito de comparar as equipes masculinas e femininas do Brasil. Na grande maioria, há a informação de enquanto os homens buscavam o hexa na Rússia, a seleção feminina já era heptacampeã mundial. Será que isso é verdade?
Se a seleção feminina fosse heptacampeã do mundo o desempenho seria extraordinário. A Copa do Mundo feminina é disputada desde 1991 e chegará à sua oitava edição apenas em 2019. Ou seja, o aproveitamento de títulos seria de 100%.
Então, é mentira. A seleção feminina não tem sete títulos mundiais. Mas se não tem sete, tem quantos? A resposta é zero. Os Estados Unidos venceram a Copa do Mundo três vezes (1991, 1999 e 2015); a Alemanha é bicampeã (2003 e 2007); Noruega (1995) e Japão (2011) têm um título cada.
A seleção brasileira terminou a competição na terceira posição, em 1999, e foi vice-campeã, em 2007. Naquela final, as mulheres brasileiras foram derrotas pela Alemanha por 2 a 0.
A confusão em torno do hexacampeonato feminino aconteceu porque as mulheres, de fato, têm sete títulos, mas é da Copa América, torneio conquistado em 1991, 1995, 1998, 2003, 2010, 2014 e 2018. O problema, para quem gosta de comparar, é que os homens têm oito títulos na Copa América.
O fato é que as comparações feitas entre as seleções feminina e masculina – normalmente quando os homens estão em campo – não ajudam em nada o futebol feminino. Acompanhar a Copa do Mundo de 2019, na França, pode ser um bom começo.