A presidenta da Croácia, Kolinda Grabar-Kitarovic, de 50 anos, tem feito sucesso na Copa do Mundo da Rússia. Ela se tornou uma grande sensação, junto com a seleção croata que foi classificada, e vai disputar a grande final do mundial no próximo domingo. A presidente é realmente apaixonada pelo esporte. Fato esse que fica claro com sua empolgação na torcida.
Ela esteve presente em todos os jogos da seleção do seu país. Kolina vestiu a camisa do time – literalmente – e também mostrou todo o lado de torcedora: pulou, gritou e fez questão de comemorar os gols da seleção croata. A presidente ainda entrou dentro do vestiário para celebrar a classificação do time às finais. Porém, uma grande acusação gira em torno dela.
Kolinda vem recebendo críticas e está sendo acusada de usar a Copa do Mundo como um trampolim político e também por ter ligação com ultranacionalistas em seu passado. Descrita como uma pessoa conservadora e populista, a presidente pertence ao HDZ – União Democrática Croata, partido de direita. Ela é a primeira presidente mulher eleita no país.
O futebol sempre foi uma maneira altamente politizada de expressar o nacionalismo na Croácia pós-socialista. Os jogadores são sempre descritos como ‘guerreiros ou heróis’. Franjo Tudman, o primeiro presidente Croata, proclamou que “as vitórias do futebol moldam a identidade de uma nação tanto quanto as guerras”.
O fato é que um jornal britânico, The Guardian, publicou uma matéria dizendo que a Copa do Mundo da Rússia está sendo usada peles forças nacionalistas e pela atual presidenta. O jornal afirma que a grande empolgação nos jogos acontece visando as eleições em 2019 e, quando ela aparece pulando nos jogos, é porque está em plena campanha eleitoral.
No entanto, apesar das polêmicas, a presidente da Croácia faz parte da ala moderada do seu partido político. Católica praticante, Kolinda disse durante sua campanha que não teria nenhum problema no caso de um filho assumir homossexualidade e daria se apoio. Ao ser questionada sobre a questão do aborto, ela se limitou a dizer que cabe apenas à mulher.