Uma pediatra foi agredida em um hospital no centro de Niterói, no Rio de Janeiro. Pais de uma criança a levaram ao atendimento, pois estava com febre e acabaram cometendo ato bárbaro contra a médica que a atendeu. A criança passou por atendimento e exames, sendo liberada para voltar para casa. Mais tarde, os pais voltaram ao atendimento médico, dizendo que não encontraram o remédio receitado pela profissional de saúde, e informaram que a criança continuava com muita febre. Câmeras de segurança flagraram o momento em que a médica foi atacada no corredor do hospital, onde trabalhava no pronto atendimento. Tudo ocorreu durante a madrugada, onde a doutora foi surpreendida com tapas e puxões de cabelo, feitos pela mãe da criança. O pai, em seguida, dá socos na médica, que cai no chão. A criança, que estava no colo da mãe, fica no chão em pânico assistindo a agressão. Tanto a médica quanto os pais foram até a delegacia registrar boletim de ocorrência. Os pais do menino alegam que a médica estava muito nervosa e agressiva e não queria fazer o atendimento necessário. A médica conta uma versão contrária, dizendo que de acordo com o exame estava tudo normal, mas os pais exigiam a internação da criança. Ela explicou que não era necessário a internação, pois a criança só estava com febre há 6 horas sem foco infeccioso. O diagnóstico ainda nao havia sido fechado. O Conselho Federal de Medicina abriu uma sindicância para apurar o caso e informou que repudia qualquer tipo de agressão contra profissionais de saúde. A sociedade de pediatria afirmou que a médica não praticou nenhum ato que desabonasse a profissão e que agiu corretamente diante da situação clinica apresentada.
Os pais entraram com uma ação contra médica e o hospital por omissão de socorro, com indenização por danos morais no valor de 30 mil reais. A médica ficou traumatizada e tem medo de atender as pessoas. A mãe da criança é fisioterapeuta e o pai advogado, ambos foram demitidos do emprego. Aos prantos, a mãe relata que agiu errado, mas estava desesperada.