Anton Szandor LaVey nasceu em 11 de abril de 1930, em São Francisco. Largou a escola cedo e foi trabalhar no circo como domador de leões. Mais tarde, ganhou a vida como detetive particular e organizador de clubes de striptease.
Desde a juventude Lavey demonstrava um grande interesse em livros sobre o satanismo. Com 25 anos de idade teve a oportunidade conhecer e estudar a obra de um dos mais famosos ocultistas de todos os tempos, o inglês Aleister Crowley (1875-1947).
Lavey uniu o útil ao agradável. Como tinha experiência com circos, juntou a parte teatral e as doutrinas de Crowley para conquistar cada vez mais fiéis para ingressar no satanismo.
Ao fundar a Igreja de Satã decidiu algo meio óbvio, escolheu o Baphomet, como símbolo da denominação religiosa, circundado por um pentagrama. Desde o início de suas atividades Anton já afirmava que seu objetivo principal, assim como da sua causa, era trazer e solidificar o reino do Anticristo na Terra.
Os rituais promovidos por Lavey em sua igreja tinham de tudo um pouco: sexo grupal, prática de vodu e cantos de hinos. Os fiéis vestiam-se de preto para participar dos rituais. A título de curiosidade, isso somente não era aplicado nos rituais de luxúria nos quais as mulheres usavam roupas extremamente eróticas.
Em 1967, a famosa socialite nova-iorquina Judith Case resolveu celebrar seu casamento na igreja fundada por Lavey. Era o que ele precisava, já que quando a notícia se espalhou sua cara passou a ser estampada em vários jornais.
Para aproveitar o sucesso que obteve, em 1969 Lavey se pôs a trabalhar em sua obra mais importante: a Bíblia Satânica. O livro redigido pelo satanista foi composto de uma mistura de religiões, mitos e filosofias. O mais interessante é que Satã é apresentado como uma coisa neutra, ou seja, sua atuação não é nem boa nem má. Aliás, o satanista dizia que “Dentro de cada um de nós existe uma besta que precisa ser exercitada, nunca exorcizada”, ao se referir ao Diabo.
A fase boa para Anton LaVey e sua igreja começou a degringolar no início dos anos de 1970. Michael Aquino, um ex-discipulo do satanista e ex-agente da CIA soltou uma série de denúncias sobre o comércio de ordenações sacerdotais dentro da seita satanista.
De acordo com Aquino, Lavey colocava o dinheiro em seu próprio bolso. Vale lembrar que isso não era errado, mas pegou muito para o sumo sacerdote de Satã. Já nos anos de 1980 foi acusado de agressões físicas por sua terceira esposa, além de manter relações sexuais com as discípulas.
Anton Szandor Lavey morreu em 1997 e claro, volta e meia é lembrado em filmes e no rock é claro.