Alunos da UFRA são acusados de racismo e apologia ao estupro, veja

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Um grupo de alunos da Universidade Federal Rural da Amazônia (UFRA) foram denunciados por incitação ao racismo e apologia ao estupro. De acordo com o portal de notícias online do jornal O Globo, quatro jovens universitárias procuram a polícia e registraram um boletim de ocorrência na Divisão de Proteção e Repressão a Crimes Tecnológicos (DPRCT), nesta terça-feira (7). Segundo a denúncia, pelo menos dois alunos foram citados no boletim de ocorrência lavrado na delegacia, eles fazer parte de um grupo de WhatsApp onde incentivam o estupro e incitam ações de cunho racista.

Violência contra a mulher 

Nesta terça-feira, 7 de agosto, foi comemorado os 12 anos que entrou em vigor a Lei Maria da Penha, no mesmo dia o Senado aprovou um projeto de lei que cria o crime de importunação sexual. A tipificação pode enquadrar, por exemplo, casos registrados de homens que ejacularam em mulheres no transporte público, além do aumento da pena para estupro coletivo. Vale ressaltar que em 2017 foram registrados em média 135 estupros por dia no Brasil, e mesmo diante de tanta barbárie ainda nos deparamos com atitudes repugnantes com a destes alunos da UFRA.

Alunos da UFRA são acusados de racismo e apologia ao estupro

Segundo informações da polícia, este grupo no WhatsApp onde vários alunos da UFRA participam, também era usado para compartilhar fotos íntimas de algumas universitárias, cerca de 15 mulheres foram expostas de maneira vil por eles. Os prints de algumas mensagens mostram ofensas homofóbicas, racistas e de incentivo ao estupro.

Houve uma grande mobilização dos universitários da instituição de ensino que realizaram um protesto dentro do campus da faculdade. Cartazes com frases racistas, homofóbicas e de incentivo ao estupro foram pregados nas paredes da universidade expondo o nome de seus autores.

Uma das vítimas que pediu para não ser identificada, falou com a reportagem de o Globo. Segundo ela, os alunos fizeram um ranking das estudantes mais bonitas e que a incitação ao estupro foi feita diretamente para ela e um amiga, depois de uma festa de São João que aconteceu na faculdade. Em uma das mensagens, um dos alunos que participa do grupo disse que 'meteria de surpresa' e que tal ato não pode ser considerado estupro. Um outro falou "vamos fazer uma casinha, bora meter o estupro". Quando a estudante viu as mensagens entrou em pânico e passou a viver com medo, foi então que decidiu denunciar. Ela e outras jovens estão recebendo auxilio psicológico da UFRA.

O caso causou grande revolta nas redes sociais, alunos da UFRA e vários outros internautas que souberam do caso exigem que medidas sérias sejam tomadas e que a polícia identifique os autores das mensagens que estão no grupo que eles classificam como machista, homofóbico e racista, confira:

 

Investigação Criminal

Segundo a assessoria de imprensa da Polícia Civil do Pará, quatro estudantes citadas no grupo estiveram com o delegado Carlos Silveira da DPRCT e lhe mostraram os prints das conversas do grupo, relatando que os autores eram estudantes da universidade. As vítimas devem ser ouvidas pela polícia na tarde desta quarta-feira (8).

Nota da UFRA

A Universidade Federal Rural da Amazônia, veio a público através de uma nota, onde afirmou que repudia todo e qualquer tipo de incitação ao crime. Ainda ressaltou que não cabe a universidade controlar os conteúdos compartilhados nas redes sociais por seus alunos, porém, prometeu que todas as medidas cabíveis serão tomadas em relação aos alunos envolvidos neste episódio.

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