A cabeleireira Ivanise de Andrade, 32 anos, afirmou que viveu momentos angustiantes ao maquiar o corpo de sua cliente e amiga, Tatiane Spitzner, morta após cair do quarto andar de um prédio em Guarapuava.
Segundo ela, o corpo da advogada estava irreconhecível e ela tem certeza que muitos dos hematomas foram cometidos pelo marido de Tatiane, o professor Luis Felipe Manvailler. As investigações estão em andamento, porém, tudo mostra que o professor é realmente culpado pela morte da moça. Os advogados dele contestam e afirmam que ela se suicidou.
A juíza Paola Gonçalves Mancini, da 2ª Vara Criminal de Guarapuava, atendeu a denúncia do Ministério Público e colcou Manvailler na banco dos réus. Ele é acusado de cárcere privado, homicídio quadruplamente qualificado e fraude processual. Nos últimos meses, o professor tem tido reações estranhas e demonstrava nojo de deitar na cama ao lado da vítima.
Marcas de agressão
Conforme relatos da cabeleireira Ivanise, o corpo de sua amiga estava repleto de hematomas e ela precisou usar uma base para tentar esconder um pouco as agressões. Ela afirmou que estava difícil terminar o serviço e que precisou cantar enquanto a maquiava para espantar um pouco aquele momento triste, e, prestar, dessa forma, uma homenagem à amiga. Ivanise cantava baixinho a música "Lindo Céu".
Fato perturbador
Um fato perturbador revelado pela cabeleireira é saber que, 24 horas antes da morte de Tatiane, a amiga estava lá no salão fazendo as unhas para poder comemorar o aniversário do seu suposto assassino. Ivanise falou que a advogada era muito vaidosa e escolheu a cor vermelha para o momento. Segundo a profissional, existem muitas mulheres que vão ao salão para tentar esconder marcas de agressão cometidas pelos maridos. Elas devem denunciá-los, mas preferem manter o sigilo e sofrer com isso.