O candidato a presidência da República, Jair Messias Bolsonaro (PSL), anunciou recentemente que se vencer as eleições e vier a se tornar o presidente do Brasil nos próximos quatro anos, iria retirar a Embaixada da Palestina do Brasil e acabou recebendo muitas críticas por tal declaração.
A situação é tensa e mesmo que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tenha reconhecido como Estado independente desde o ano de 2010, até o momento a ONU (Organização das Nações Unidas) não fez o mesmo reconhecimento.
Bolsonaro já é um velho ‘conhecido de guerra’ ao se tratar de assuntos do tipo, o deputado federal já deixou inúmeras vezes a sua posição pró-Israel clara para que todos não tivessem nenhuma surpresa com suas atitudes caso viesse assumir o posto de presidente do país.
Jair já prometeu algumas vezes que iria mudar a própria embaixada do Brasil para Jerusalém e nesta última semana surpreendeu os repórteres e os portais de notícias de todo o país ao falar a respeito de seus planos futuros para retirar a Embaixada da Palestina do solo brasileiro.
O candidato a presidência não poupou suas palavras e afirmou que a ex-presidente Dilma não negociou com o povo daquele lugar e sim com a Palestina, ressaltando que não é permitido negociar com terroristas e por esta razão a embaixada do lado do Palácio do Planalto não deveria existir.
O impacto de seu discurso foi imediato e não demorou muito para o líder do Centro Cultural Árabe-Brasileiro, o empresário Ahmed Ramadan, se posicionar sobre a decisão de Bolsonaro. Ramadan deu uma entrevista para um site russo chamado Sputnik e deixou claro sua lamentação.
O empresário sente muito pelo posicionamento adotado pelo candidato a presidência em relação à Palestina e ressaltou que suas atitudes apenas mostram e refletem a infinita influência israelense que existe em sua candidatura.
Ahmed lembrou também que o povo árabe ama os brasileiros, estabelecendo sempre uma relação comercial, esportiva e cultural boa com o país. Declarou que a colônia da Palestina é forte no Brasil e cerca de 20 a 30% dos brasileiros possuem descendentes árabes. O líder ainda afirmou que Bolsonaro não tinha cultura caso realmente estivesse com tais planos em mente.