Sabe-se que os médicos restringem as gestantes de tomarem alguns medicamentos. Até então, tudo normal, afinal alguns desses produtos são compostos por substâncias muito fortes podendo prejudicar a mamãe e o feto. No entanto, não são só as drogas encontradas em farmácias que podem fazer mal, aqueles chás e ervas indicados pelos amigos ou pelos avós também podem ser prejudiciais.
De acordo com a especialista em ciências da saúde da Universidade Federal de São Paulo, mestre em nutrição para grávidas, Fernanda Muniz, que é mãe de Ana Luzia, utilizar-se de plantas medicinais sem o cuidado devido pode acarretar em intoxicações, diminuir a lactação ou até mesmo causar o aborto.
“Infelizmente muitas plantas ofertadas no comércio são mal identificadas e encontram-se em mal estado de conservação”, alerta.
Vale ressaltar que tudo dependerá da quantidade e frequência que a gestante consumirá tais produtos. Ainda segundo Fernanda, canela não é um dos ingredientes a ser consumido, no entanto, não quer dizer que se a mãe quiser comer uma banana com canela se sentirá mal. O mais indicado é que se consuma tudo com moderação.
Chás não recomendados
Chá de canela
O chá de canela pode acabar causando constrição sanguínea e também contração dos músculos do útero.
Chá de hortelã
Esse reduz a lactação e por isso não deve ser consumido durante a gravidez e muito menos durante a amamentação.
Chá de boldo
O que muitas não sabem, é que o chá de boldo, também conhecido como boldo chileno e que é livremente vendido como chá para combater problemas gástricos, possui efeitos tóxicos por causa da presença do ascaridol, que pode causar abortos.
Também não é recomendado o consumo dos seguintes chás: chá de arruda, erva-de-bicho, cipó-mil-homens, buchinha do norte, confrei, melão-de-são-caetano, espirradeira, erva-de-santa-maria, pinhão-de-purga ou pinhão-paraguaio, poejo e losna, por também também serem abortivos.
Já os chás, preto, mate, branco e banchá acelera o metabolismo podendo causar mal-estar e palpitações cardíacas.