Candidato à Presidência da República pelo PSL, Jair Bolsonaro será o segundo presidenciável entrevistado pelo principal telejornal do Brasil, o Jornal Nacional, exibido pela Rede Globo de segunda a sábado, na faixa das 20h30. O JN, tradicionalmente, realiza entrevistas com os candidatos à Presidência da República no período pré-eleição. e Bolsonaro será entrevistado na terça-feira (28).
A série de entrevistas no principal telejornal no país começa com Ciro Gomes (PDT), nesta segunda-feira (27). Bolsonaro será entrevista na terça. Na quarta-feira (29) será a vez de Geraldo Alckmin (PSDB). Marina Silva (Rede) fecha a primeira rodada da série na quinta-feira (30).
O ex-presidente Lula (PT) não participará da sabatina, porque está preso na sede da Polícia Federal, em Curitiba, depois de ter sido condenado a 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.
Lula deve ficar inelegível pela Lei da Ficha Limpa e Fernando Haddad assumirá a cabeça da chapa, tendo Manuela D’Ávilla como vice. Enquanto isso não acontece, o PT fica fora do jogo político e perde espaços importantes, como de se mostrar para a audiência do telejornal mais assistido da TV brasileira.
Duas entrevistas no dia
Bolsonaro será entrevistado pelo JN às 20h30 e, uma hora e meia depois, estará na Central das Eleições, na Globonews. Todos os quatro candidatos – que são os mais bem colocados na disputa – serão entrevistados nos dois horários.
A entrevista de Bolsonaro à GloboNews, no começo do mês, foi bastante comentada nas redes sociais por conta das respostas que o candidato deu aos jornalistas da Globo e pelo fato de que, no final do programa, Miriam Leitão, usando ponto eletrônico, emitiu nota da Rede Globo sobre o apoio ao regime militar.
Durante a entrevista, Bolsonaro havia citado um artigo de Roberto Marinho, no jornal O Globo, defendendo o regime. “Roberto Marinho foi ditador ou democrata?”, perguntou. Houve silêncio no estúdio.
Ação contra a Globo
Em março, quando a emissora cobriu as pré-candidaturas à Presidência da República, Bolsonaro não foi incluso. O então pré-candidato se revoltou com a situação e ameaçou abrir uma ação contra a Globo no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).