Jamily Valente Vilhena estava feliz da vida porque seria mãe pela primeira vez. O menino tinha nome escolhido e se chamaria Gabriel. Seria o primeiro neto dos pais de Jamily. Mas, para tristeza da família, Gabriel morreu.
O bebê, que chegou a pesar quase 4,5 quilos, morreu na barriga mãe e a família garante que isso aconteceu por conta da demora para a realização do parto. A mãe teria ido ao Hospital da Mulher Mãe Luzia (HMML), em Macapá, capital do Amapá, por 18 dias e o parto não foi realizado.
A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) afirmou que abrirá sindicância para apurar o caso e verificar todos os procedimentos que foram realizados.
De acordo com o pai da criança, o autônomo Eder Lima dos Santos, a esposa foi levada ao hospital desde o dia 15 de agosto, quando sentiu fortes contrações e deu entrada no Hospital de Santana. Ela estava com dores abdominais.
Na unidade de saúde, os médicos verificaram que o bebê estava bem, mas a gravidez era de risco porque a mãe contraiu diabetes e hipertensão. Ela deveria fazer o parto imediatamente e foi transferida para Macapá.
O parto não foi realizado e houve marcação de um retorno para o dia 27 de agosto. Nesta data, segundo o pai, a criança ainda estava bem. No dia 2 de setembro, data de outra consulta, porém, eles receberam a triste notícia de que Gabriel havia morrido na barriga da mãe.
Eles voltaram para o HMML, chegaram lá às 10h e apenas as 16h38 foi realizada a retirada do bebê. O marido reclama que o rosto da criança está queimado e que partes do corpo de sua esposa também. Não deram explicações. O enterro aconteceu nesta quarta-feira (5).