No dia 18 de agosto, Marina Silva aparecia na segunda posição na pesquisa de intenção de votos divulgada pelo Datafolha. A candidata da Rede, à época, aparecia com 16%, enquanto o líder Jair Bolsonaro (PSL) tinha 22%.
Desde então, Marina vive uma queda livre assustadora que preocupou seu staff com a divulgação da pesquisa Datafolha, nesta sexta-feira (14), em que ela aparece com apenas 8%, atrás de quatro concorrentes na disputa pelo Planalto.
Se em agosto, ela era a segunda colocada, menos de um mês depois caiu para a quinta posição. Bolsonaro, por exemplo, saltou de 22% para 26%. Ciro Gomes (PDT), que tinha 10% no dia 22, agora aparece com 13%.
Empatado tecnicamente com ele está Fernando Haddad, oficializado candidato do PT na última semana. O ex-prefeito de São Paulo saltou de 4% para 13%. Geraldo Alckmin (PSDB) manteve os 9% nos dois levantamentos.
O melhor momento de Marina na campanha aconteceu logo depois do debate organizado pela RedeTV, em que ela bateu de frente com Bolsonaro e ganhou seguidores e muitos apoiadores. O problema é que o candidato do PSL a atacou em sua base, citando que ela era uma evangélica que defende aborto e legalização das drogas.
Um mês depois daquele embate, Bolsonaro cresce e Marina cai. A candidata da Rede corre o risco de, mais uma vez, não ir ao segundo turno. Em 2014, depois de assumir a campanha do PSB no lugar de Eduardo Campos, morto em acidente de avião, Marina chegou a liderar a corrida presidencial, mas caiu na semana decisiva e viu Aécio Neves (PSDB) e Dilma Roussef (PT) irem ao segundo turno.