Em decreto assinado na terça-feira (18), pelo juiz João Oliveira Rodrigues Filho, da Primeira Vara de Falências e Recuperações Judiciais do TJ-SP (Tribunal de Justiça de São Paulo), a Viação Itapemirim e a Kaissara tiveram os bens bloqueados.
De acordo com o documento, há suspeita de fraude e desvios patrimoniais. A empresa não poderá repassar suas linhas para outras empresas até o fim da investigação. O pedido foi feito por um dos credores da recuperação judicial que passa o Grupo. Seu nome está sob sigilo.
“A decisão serve de ofício tanto para o administrador judicial como para a ANTT – Agência Nacional de Transportes Terrestres, responsável pelo gerenciamento dos serviços de ônibus interestaduais”, disse o juiz em trecho do ofício.
O Grupo que controla a Viação Itapemirim e a Kaissara ainda não se manifestou sobre a ação. Além delas, outras cinco empresas que pertencem ao conglomerado também tiveram seus bens bloqueados. São elas: Transportadora Itapemirim, Ita Itapemirim Transportes S.A, Imobiliária Bianca Ltda, Cola Comercial e Distribuidora Ltda e Flecha S.A Turismo Comércio e Indústria.
A Itapemirim está em recuperação judicial desde 2016. Ela, que já chegou a ser uma potência nacional e ser a maior empresa de transportes de passageiros da América Latina, hoje está endividada.
Além desses processos, uma guerra na Justiça entre a Família Cola e os atuais controladores do Grupo afetam ainda mais a situação. Este ano, o empreendimento também sofreu com as apreensões de seus ônibus em rodovias federais. Estas por sua vez, segundo a PRF, foram motivadas por problemas encontrados nos veículos em questão de manutenção e falta de documentos.