Coisas simples da vida são capazes de nos fazer sentir satisfeitos e com sensação de prazer como sair para dançar com os amigos, ir à praia, ler um bom livro e ir às compras, mas existe uma parcela cada vez mais crescente de pessoas que não conseguem sentir prazer algum nessas atividades.
Alice tem 40 anos, é biomédica e foi diagnosticada com depressão no ano de 2005. Um dos sintomas mais difíceis enfrentados por ela foi a anedonia que é a perda ou incapacidade de sentir prazer em qualquer coisa que antes lhe trazia a sensação.
Ela conta que enfrentou momentos terríveis, nada agrada na hora de escolher uma profissão e quando seu relacionamento chegou ao fim ela acabou piorando. Só se alimentava porque sua mãe levava comida no quarto e para tomar banho era carregada. O psiquiatra foi muito importante na vida de Alice, com sua ajuda ela concluiu a faculdade e se casou, mas não deixou de sentir amargura e tristeza, a moça chegou a tentar suicídio.
A anedonia é o sintoma nuclear da depressão. É tão sério que a intensidade desse transtorno varia de pessoa para pessoa, aos poucos vai deixando de se relacionar e se isola, começado a ter pensamentos negativos sobre a vida até chegar ao suicídio.
A pessoa que sofre desse transtorno não tem apego a nada e a ninguém, o indivíduo parece estar emocionalmente vazio ou congelado, não consegue sofrer nenhuma alteração de humor aconteça o que acontecer.
Se não for tratada de forma correta e eficaz, a pessoa depressiva com anedonia pode atentar contra sua vida repetidas vezes até conseguir. Há também casos, em que as pessoas abusam de remédios controlados e entorpecentes para tentar fugir do problema.