O clima segue quente na Gávea. Juntando as forças para continuar lutando pelo título do Campeonato Brasileiro após ser eliminado de forma surpreendente pelo Corinthians na Copa do Brasil, o Flamengo enfrenta um momento turbulento também fora das quatro linhas.
Em pleno período eleitoral, Eduardo Bandeira de Mello será investigado a partir desta terça-feira (02) por uma Comissão de Inquérito nomeada pelo Conselho Deliberativo do Rubro-Negro. O dirigente terá que responder pela acusação de desrespeitar o estatuto do clube e será chamado a depor.
O cartola, que além de presidente do Flamengo é candidato a deputado federal no Rio de Janeiro pela REDE, fora denunciado anteriormente no final de setembro por utilizar o nome do clube para fins políticos, o que teria acontecido em comícios e na própria propaganda eleitoral gratuita.
A nova denúncia está relacionada ao processo eleitoral do clube, com eleições marcadas para dezembro, como desdobramento da polêmica envolvendo a utilização da cor azul no pleito. A situação e um grupo dissidente brigam pelo direito de vincular à cor suas chapas.
Bandeira se manifestou na Justiça contra uma decisão da Comissão Eleitoral de anular a cor azul das eleições, que acabaria ratificada por um decreto do juiz João Marcos de Castello Branco Fantinato, do TJ/RJ.
A denúncia é baseada no parecer de alguns membros do Conselho Deliberativo, que consideram que o mandatário do clube deveria se manter isento na questão, o que não aconteceu na prática.
Eduardo Bandeira de Mello, que se mostra seguro, pode perder o mandato, ser suspenso ou até mesmo banido em definitivo do quadro de sócios do Flamengo.