Depois de ser derrotado nas eleições do último domingo (28), o Partido dos Trabalhadores (PT) reuniu sua executiva nacional em São Paulo. A presidente da legenda, senadora Gleisi Hoffman, afirmou que a disputa presidencial foi marcado pela indústria de fake news e caixa 2.
Segundo Gleisi, que a partir do ano que vem será deputada federal pelo estado do Paraná, o candidato derrotado Fernando Haddad vai coordenar uma frente de resistência. Gleisi disse que o PT dará todas as condições para Haddad exercer o articulador da frente de resitência.
A presidente do PT se posicionou contra as reformas e quer impedir mudanças na lei antiterrorismo. Segundo ela, alterações nessa lei criminalizariam movimentos sociais, como o Movimento dos Sem Terra (MST).
Outra ideia de Gleisi é criar uma rede democrática de proteção e denúncia de casos que violem os direitos humanos. A presidente do PT também falou sobre a eleição de Jair Bolsonaro (PSL), que tornou-se o novo presidente do Brasil ao receber 57 milhões de votos no domingo.
“O resultado das urnas é fato, agora o processo que levou a esse resultado é um processo que está eivado de vícios e de fraudes”, afirmou Gleisi. Ela citou a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Lula está preso desde abril na sede da Polícia Federal, em Curitiba, onde cumpre pena de 12 anos e um mês pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em desdobramentos da Operação Lava Jato.
Gleisi citou também o impedimento de Lula de concorrer na eleição presidencial. O petista foi impedido pela Lei da Ficha Limpa, que determina que condenados em segunda instância não concorram a cargos eletivos.