Bolsonaro chama pastor para Ministério da Família e vai acabar com casamento gay? Entenda

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Parece que o futuro governo de Jair Bolsonaro (PSL) na Presidência da República já começa a desenhar o que virá a ser para o campo do social. Segundo informações do jornal Folha de S. Paulo, Bolsonaro irá escolher um de seus aliados mais conservadores para o comando do ministério que promete ser um dos mais polêmicos de sua gestão a partir de 2019.

O pastor evangélico, Magno Malta (PR), que esteve na campanha de Bolsonaro desde o começo, deverá ficar à frente do chamado Ministério da Família. A pasta abarcaria o Desenvolvimento Social e Direitos Humanos. Bolsonaro prevê que irá cumprir o que prometeu durante as eleições, reunindo uma gama de ministérios e um só.

O senador Magno Malta, segundo o periódico, é quem gostaria de rebatizar o Ministério, chamado de “Família” a partir de 2019. O jornal informou que o entendimento do pastor sobre seu desejo foi repassado a duas pessoas próximas a ele, que teriam revelado a novidade para a Folha. Segundo a assessoria de imprensa de Magno Malta, ele nega esse fato.

Fim do casamento entre homossexuais?

De acordo com opositores de Jair Bolsonaro, a entrega de ministérios que tratam do social para o pastor Magno Malta pode representar um retrocesso em políticas afirmativas e de inclusão de homossexuais, como a do casamento igualitário, uma pauta a qual o futuro presidente já se posicionou contra.

Atualmente, homossexuais não podem se casar por via de lei. Existe apenas um entendimento do STF que autoriza o casamento e a união estável. O que esses setores progressistas buscam é a legalização para fortalecer os direitos das famílias homoafetivas.

Silas Malafaia confirma que Malta estará em governo de Bolsonaro

O pastor Silas Malafaia esteve com Bolsonaro em um culto na terça-feira, dia 30. No encontro, na Assembleia de Deus Vitória em Cristo, o pastor disse à Folha que Magno Malta é sim uma peça garantida no governo de Jair Bolsonaro.

“É um cara vital que está sem mandato a partir de 2019”, disse Malafaia, durante uma visita a Bolsonaro.