A Globo mais uma vez está na mira da justiça. Dessa vez, O Ministério Público Federal, em Minas Gerais, ajuizou uma ação pública pedindo “indenização por danos morais coletivos” por apresentar uma produção fora do horário apropriado.
De acordo com o procurador da República, Fernando de Almeida Martins, autor da ação condenatória, “ao não se permitir a censura de conteúdo, a Constituição da República permite ao poder público criar mecanismos para informar ao público a natureza dos espetáculos, separando-os por faixa-etárias e indicando horários para exibição”.
O caso em questão se trata da novela Belíssima, que foi escrita por Sílvio de Abreu, está sendo reexibida pelo Vale a Pena Ver de Novo desde 4 de junho de 2018, substituindo Celebridade e que está em sua reta final.
Com um elenco de peso, alguns até no ar na atual novela das 9, como é o caso de Vladimir Brichta no papel de Remy e Adriana Esteves como Laureta, ela foi exibida entre 7 de novembro de 2005 e 7 de julho de 2006, em 209 capítulos. O objetivo da telenovela era discutir a ditadura da moda e a imposição do padrões de beleza e magreza, tendo como pano de fundo a indústria da moda paulistana, colocando a personagem Júlia como uma espécie de “patinho feio” em uma família de modelos.
Um fato parecido aconteceu recentemente com a novela Deus Salve o Rei. A trama, que até então era indicada para o público a partir dos 10 anos de idade, sofreu uma alteração etária. A mudança foi uma iniciativa do “ Ministério da Justiça ” que decidiu aumentar a classificação etária para maiores de 12 anos por conta de cenas de “violência e conteúdo sexual”, e a mesma medida poderá ser imposta no folhetim das tardes da emissora.