Após o caso Gallardo, a relação entre o Grêmio e a Conmebol deve ficar mais estremecida. Os dois já mantém uma relação conturbada desde as finais da Libertadores do ano passado.
Na ocasião, o clube acreditou que foi prejudicado pela atuação do árbitro de vídeo no primeiro jogo da final contra o Lanús e fez reclamações formalizadas.
O clube chegou a produzir um dossiê contendo imagens e trechos do regulamento da Libertadores, que foi entregue aos patrocinadores. A Conmebol não gostou da atitude do Grêmio, que ainda exigiu que um dos argentinos do quadro de árbitros que iria trabalhar no jogo de volta não estivesse presente.
O Grêmio acabou sendo punido pela divulgação do dossiê e teve que pagar uma multa de 112 mil dólares. Agora, diante do caso Gallardo existe um receio de que a entidade acabe causando uma retaliação posterior. Nestor Hein, diretor jurídico do clube tricolor, disse que o time terá muitos problemas com a Conmebol no futuro.
Além disso, Nestor acredita em um possível desfavorecimento no ano que vem. “Eu não pertenço àquela máfia (Conmebol), então não sei, eu não tenho ideia de quantas coisas ruins eles podem fazer, mas tem muita coisa. Vamos aguardar, ver se o Grêmio vai se classificar para a próxima Libertadores”.
O time gaúcho ainda pretende recorrer da punição dada pelo Tribunal Disciplinar da Conmebol, encaminhando um recurso à Câmara de Apelações. Os dirigente gremistas querem que o River Plate seja punido e não somente seu treinador. A falta de apoio da CBF ou de outros clubes brasileiros mostra a fragilidade do futebol brasileiro diante da principal entidade Sul-Americana.