Haddad vira réu por corrupção e lavagem de dinheiro em processo oriundo da Lava Jato

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O ex-prefeito de São Paulo e candidato à presidência, Fernando Haddad, virou réu em um processo em que é acusado de corrupção e lavagem de dinheiro. A informação foi dada nesta segunda-feira, 19 de novembro, após o juiz Leonardo Barreiros, da 5ª Vara Criminal da Barra Funda, em São Paulo, aceitar uma denúncia do Ministério Público.

A denúncia contra Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT), aconteceu após o Ministério Público ouvir depoimentos de acusados na Lava Jato. O Ministério Público (MP) chegou a denunciar Haddad por formação de quadrinha, mas a justiça de São Paulo entendeu que não havia elementos suficientes para que essa acusação fosse aceita. 

De acordo com a denúncia, entre abril e maio de 2013, Ricardo Ribeiro Pessoa, presidente da empreiteira UTC Engenharia S/A, recebeu um pedido de João Vaccari Neto, então tesoureiro nacional do Partido dos Trabalhadores (PT), da quantia de R$ 3 milhões. Esse dinheiro seria usado para pagar as dívidas da campanha de Haddad para vencer como prefeito da maior cidade do país. 

Em nota, a assessoria de Fernando Haddad nega que ele tenha cometido qualquer ato ilícito.

Após não se reeleger como prefeito de São Paulo, o político foi escolhido pelo PT para fazer uma chapa com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para concorrer às eleições de 2018. No entanto, Lula foi impedido de participar do pleito por estar preso na sede da Polícia Federal na cidade de Coritiba, no estado do Paraná.

A partir desse cenário, Haddad então virou o cabeça de chapa, com Manuela D’Ávila, na concorrência contra o deputado federal Jair Bolsonaro, do PSL. Ele perdeu nas urnas.