Uma nova greve dos caminhoneiros já está sendo articulada por motoristas de diversas categorias. Assim como ocorreu no meio de 2018, a nova paralisação dos motoristas de caminhão deve impedir o vai e vem de mercadorias. Algumas delas consideradas básicas para a sobrevivência, como o combustível.
Uma das principais reclamações dos caminhoneiros é que o governo de Michel Temer não tem fiscalizado um dos pedidos da greve anterior. Na ocasião, os profissionais da boleia queriam um preço mínimo para a realização de fretes. Eles reclamam da falta, por exemplo, da aplicação de multas.
Em maio, a greve dos caminhoneiros parou todo o país por cerca de 11 dias. Na ocasião, filas enormes em postos de gasolina se formaram. Também chegou a ser registrado falta de legumes e frutas, causando certo pânico à população.
A falta de investimentos em linhas férreas é uma das motivações para a força dos motoristas. No entanto, também houve uma promessa de Temer para que vias alternativas de transporte fossem criadas, evitando que o sufoco voltasse a assolar os brasileiros.
Ivar Luiz Schmidt, representante do Comando Nacional do Transporte, diz que o governo não está cumprindo a promessa. “Estão todos [os caminhoneiros] revoltados. A questão do piso mínimo foi só uma jogada para parar a greve. Ninguém está cumprindo, e o governo não fiscaliza e tampouco multa”, explicou ele em entrevista a Veja.
A nova greve pode ser até pior, caso ela não espere um novo governo. Algumas alas de manifestação querem a paralisação para o fim do ano, o que traria transtornos incalculáveis, já que essa época abrange o natal e o ano novo. Outros motoristas, no entanto, defendem esperar a posse de Jair Bolsonaro para a nova paralisação.