Após a decisão tomada pelo ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Luiz Fux, de suspender a aplicação de multas pelo descumprimento da tabela do frete, um grupo forte de caminhoneiros decidiram discutir em Assembleias, marcadas para a noite de sexta e sábado, uma nova greve que poderá parar novamente o país.
Se a decisão da maioria for a favor de paralisar e o movimento de fato for deflagrado, o mais provável é que a greve se inicie ainda neste domingo, dia 9 de dezembro. Também há possibilidade da paralisação demorar alguns dias e começar no dia 21 deste mês, bem no início do feriadão de Natal.
O movimento está aguardando apenas respostas sobre as negociações que estavam em curso em Brasília. Na manhã da última sexta-feira (7), alguns caminhoneiros estiveram na AGU (Advocacia Geral da União) para pedirem que o governo fosse contra a decisão de Fux por meio de um recurso. “Eles vão entrar no STF para rebater isso, porque é preciso manter a caneta do presidente”, disse Wallace Landim, o “Chorão”, presidente da Cooperativa dos Transportadores Autônomos do Brasil (BrasCoop).
A AGU, por meio de uma nota, informou que vai estudar a melhor forma possível para reverter a decisão do ministro. Os líderes das grandes associações preferem que a paralisação não ocorra, mas admitiram não ter controle sobre a base e confirmaram que sim, há grande chance de uma paralisação geral da categoria.
“Apesar de sermos contrários a uma nova paralisação geral, não podemos nos opor à decisão dos caminhoneiros os quais representamos”, disse a divulgada pela Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), em nota. “A situação está insustentável e não sabemos até quando será possível conter a categoria e evitar uma nova paralisação” A Confederação Nacional dos Transportadores Autônomos (CNTA), também em nota, disse que a decisão de paralisação é dos caminhoneiros e que “sempre apoiará o que a categoria decidir.”