Globo estaria com medo da popularidade de Bolsonaro e toma decisão, diz jornalista

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O presidente eleito Jair Bolsonaro promete um novo modo de comunicação com a mídia. Um dos veículos que mostra já certo temor com isso é a Globo, como mostra uma matéria do jornalista Esmael Moraes, que costuma fazer matérias positivas de esquerda. 

Ele cita um posicionamento de um dos principais colunistas do canal, Merval Pereira. Em sua fala, Merval lembra que Bolsonaro não passa pela velha mídia e utiliza as redes sociais para passar o seu recado. A decisão do canal de soltar as primeiras farpas contra o político já chama atenção, afinal, ele nem assumiu a presidência ainda. 

“Bolsonaro manda um recado claro de que pretende usar as redes sociais para governar”, escreve Merval para então engatar o raciocínio: “o que pode levar à tentativa de adotar a democracia direta, com referendos e plebiscitos.”

Em outro momento, o representante da Globo é ainda mais duro e compara Bolsonaro com Hugo Chávez. Ele diz que Jair pode ser o “Chávez da direita”. Uma das marcas do ex-presidente da Venezuela é, justamente, o contato direto com o povo. Ele tinha até programas de televisão, onde impressionava pela simpatia. 

Acredita-se que esse comportamento tenha ajudado o governo de Chavez a ter sucesso inicial com a população venezuelana. 

Em seu artigo, Merval também cita que algo parecido aconteceu nos Estados Unidos, quando as mídias sociais ajudaram Donald Trump chegar ao poder.  O colunista Esmael Moraes termina seu artigo garantindo que a Globo cavou a própria cova e faz acusações à emissora de ajudar, entre outras coisas, no impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff.