A campanha eleitoral pela presidência da república já acabou, mas os problemas que alguns ex-candidatos enfrentam continuam. Prova disso foi o que aconteceu com o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, do Partido dos Trabalhadores (PT).
Haddad foi condenado na justiça a pagar indenização a um dos apoiadores de Jair Bolsonaro, o bispo da Igreja Universal do Reino de Deus, Edir Macedo. A decisão foi publicada com destaque pelo portal de notícias da Record.
O petista foi condenado pelo juiz Marco Antonio Botto Muscari, da 6° Vara Cível da capital, a pagar R$ 79.182 ao líder religioso Bispo Edir Macedo. O valor é alto, especialmente a saber que o político teve dificuldades para fechar as contas de campanha. O PT, inclusive, chegou a pedir nas redes sociais uma vaquinha para quitar as despesas.
A ação foi movida pelo bispo da Igreja Universal após o petista afirmar que o apoio do Bispo Macedo à candidatura de Jair Bolsonaro seria provocado pela “fome de dinheiro”.
E não parou por aí, as acusações de Fernando Haddad foram além. O político ainda disse que o líder espiritual era um “charlatão fundamentalista”.
Curiosamente, o Edir Macedo foi um dos apoiadores do próprio PT no passado. Mesmo deixando claro não ter religião, a ex-presidente Dilma Rousseff, por exemplo, chegou a frequentar as igrejas do dono da Record TV.
O mesmo aconteceu com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, hoje preso pela Operação Lava Jato. Lula teve apoio incondicional do religioso.