Outro general se posiciona contra Bolsonaro sobre transferir a embaixada para Jerusalém

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O primeiro general a fazer a recomendação para Jair Bolsonaro, foi Augusto Heleno. Hoje ele é ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional. Ele falou sobre os entraves relacionados à mudança da embaixada do Brasil em Israel da cidade de Tel Aviv para Jerusalém.

A fala entrou em contradição com as promessas do presidente. Desta vez, outro general, Carlos Alberto dos Santos Cruz, que ocupa o cargo de ministro da Secretaria de Governo, fez algumas advertências diante da ação, alertando para os vários problemas que essa decisão poderia trazer para a transferência da embaixada.

Segundo Santos Cruz, atender à promessa demandada pelos evangélicos, de que a transição fosse feita até abril, é completamente inviável.

A mudança da cidade onde a embaixada está operando poderia, pela sua visão, provocar uma série de retaliações comerciais por parte das nações árabes perante o nosso país. Além disso, os riscos de ataques extremistas poderiam ter início às embaixadas do Brasil no exterior, problema global que até o momento não atingiu o nosso país.

Essas divergências explicitam a divisão do governo diante da questão. Não apenas a equipe de Jair Bolsonaro, mas também o corpo diplomático e a própria comunidade internacional.

A aliança que se formou entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, com o Brasil após a eleição de Bolsonaro, pode trazer problemas que até o momento não eram imagináveis, fazendo com que muitos críticos do governo atual, sobretudo a oposição, comecem a questionar se esta aliança é de fato benéfica ao país. Todavia, o presidente já afirmou que é necessário se unir aos ‘fortes’ para que o país também se torne ‘forte’.