Ministério da Saúde retira do ar cartilha para população trans; comunidade LGBT se revolta

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O Ministério da Saúde fez nesta semana a retirada da cartilha que estava voltada à saúde dos homens transexuais. O conteúdo do material trazia informações sobre prevenção de doenças sexualmente transmissíveis.

A presidente da Rede Trans, Tatiane Araújo, afirmou ter notado a ausência do material na manhã da última sexta-feira (4). Segundo ela, o material estava disponibilizado até o início do ano.

O Ministério da Saúde foi questionado quanto ao ocorrido, e em nota esclareceu que houve a necessidade de retirar o conteúdo, afim de que pudesse ser feita uma revisão e correção do material.

Os representantes da militância LGBT alegaram que a divulgação do material é de importância para a prevenção de vários riscos, e informou que a ação limitou o conhecimento público acerca de informações a respeito da saúde sexual.

O documento possui quarenta e nove páginas. Promove elucidações voltadas para os chamados ‘homens trans’, acerca de doenças como Aids, hepatite B e C, HPV, Sífilis, e informações de como obter preservativos gratuitos nas redes de saúde.

O material foi lançado em julho de 2018, e foi feito juntamente com membros que representam a comunidade dos transexuais. Foram produzidas um total de 23.500 cartilhas, distribuídas para as redes de saúde.

Tatiane Araújo alegou ainda que a possível retirada das cartilhas sinaliza uma nova postura por parte do Ministério da Saúde, no sentido de desfavorecer as ações e medidas que são voltadas para as pessoas transexuais. O ocorrido foi alvo de muitas críticas da comunidade LGBT.