Governo permite que materiais escolares não tenham referência e abre margem para erros

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O governo do presidente Jair Bolsonaro fez uma alteração no edital que envolve a aquisição dos materiais didáticos que serão distribuídos nas redes públicas de ensino, e que começarão a ser entregues a partir de 2020.

Junto com as mudanças que foram realizadas pela equipe do ministro Ricardo Vélez, o qual foi indicado pelo filósofo brasileiro Olavo de Carvalho, consta a eliminação de uma prerrogativa que exigia à obra a isenção de erros de revisão e impressão. Segundo alguns especialistas, tal medida poderia abrir margem para conteúdos que não possuam rigor de pesquisas, uma vez que não se exigirá mais as citações das origens de tais materiais.

Um outro item também foi excluído. Este, sinalizava a proibição de quaisquer indícios de publicidades ou conteúdos comerciais. Para uma análise interpretativa, por exemplo, não era possível o uso de anúncios publicitários reais, apenas fictícios.

Excluiu-se, ainda, a exigência de ilustrações que retratassem a realidade da diversidade étnica da população brasileira. Essa especificação, obrigava os materiais didáticos a conterem ilustrações de todas as situações da pluralidade social e cultural do Brasil.

Isso implica dizer que, para ser aprovado, o material deveria trazer consigo imagens de negros, índios e brancos, ou seja, todos os povos que compõe a dinâmica social e a diversidade cultural de nosso país.

Com isso, a partir de agora, se um livro possuir em suas ilustrações apenas pessoas de pele branca, este será aprovado sem nenhum questionamento.