Amigo de Bolsonaro é promovido na Petrobras e salário salta de R$ 15 mil para R$ 50 mil

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Na tarde desta quinta-feira, 10 de janeiro, a Petrobrás anunciou que o novo integrante da Inteligência e Segurança Corporativa da estatal seria o amigo de Bolsonaro, Carlos Victor Guerra Nagem, popularmente conhecido como Capitão Victor.

O Capitão começou a trabalhar na Petrobrás há 10 anos, após passar no concurso público. Porém, durante todos esse período, ele nunca havia recebido nenhum tipo de promoção – e atualmente trabalha em Curitiba.

Durante as eleições de 2018, em que Jair Bolsonaro foi eleito como presidente, o Capitão Victor também tentou ingressar na política como Deputado Estadual pelo mesmo partido do presidente, o PSL, mas não conseguiu votos suficientes para se eleger.

Essa não foi a primeira vez que ele tenta entrar para a política, em 2016, ele entrou com um pedido de licença na Petrobrás e foi candidato a vereador em Curitiba, pelo PSC, que na época também era o partido de Bolsonaro, que o apoiou.

A notícia não caiu muito bem, já que ainda esse ano, logo após a posse do presidente eleito Jair Bolsonaro, o filho do vice-presidente Mourão também foi promovido dentro do Banco do Brasil – que é uma outra grande estatal – e causou um escândalo na mídia. O que chamou a atenção foi que ambos não haviam recebido promoções dentro das instituições públicas; até que o presidente tomou posse.

Capitão Vitor, por mais de 10 anos, trabalhou em um cargo ganhando por volta de R$15 mil por mês. Logo após Bolsonaro assumir a Presidência da República, ele vai saltar para um dos cargos de gerência mais importantes da estatal e passar a ganhar um salário de mais de R$50 mil.

O caso do Capitão Victor também chama a atenção, pois há um histórico de 30 anos de amizade entre ele e Bolsonaro; e o próprio presidente se diz “amigo particular” de Carlos Victor. Além de apoio aberto de um ao outro durante as eleições.

Vale ressaltar que as promoções de Capitão Victor e do filho do Mourão não caem em um cenário de ilegalidade. Porém causa um certo desgaste moral e traz frustração em quem esperava ver mudanças significativas no país. A operação Lava-Jato, com Sérgio Mouro, tentava combater tipos de favorecimentos semelhantes dentro da Petrobrás; o que também acabou pegando muito mal diante da população que tanto anceia o combate à corrupção e à troca de favores dentro da máquina pública.