Um pastor evangélico, chamado Mike Vieira, líder da igreja evangélica “Congrega Church”, visitou o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, na sede da Polícia Federal em Curitiba, capital do estado do Paraná, onde o ex-presidente cumpre pena pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Ainda cabe recurso ao político.
A polêmica envolvendo a visita está em uma declaração feita pelo pastor, logo após o encontro. Ele comparou o petista ao apóstolo Paulo. Segundo o religioso, a similaridade entre os dois estaria no fato de Lula estar vivendo tudo aquilo que também foi vivido por Paulo.
Ele fez menção à perseguição que, pelo seu entendimento, ocorre com o ex-presidente, tal como ocorreu com o discípulo de Cristo; e o classificou como sendo um preso político, discurso inclusive muito adotado pelo Partido dos Trabalhadores para caracterizar o processo judicial que tramita contra o ex-presidente.
As polêmicas declarações de Mike continuam. De acordo com o homem, Lula não poderia estar na cadeia, pois o considera inocente. Após o encontro, ele repassou uma mensagem que o político teria lhe solicitado, afirmando que estaria muito agradecido com todos os que estão destinando suas orações para ele, e acrescentou que tem agradecido muito as visitas religiosas que tem recebido.
Uma grande polêmica instaurou-se a partir das declarações de Mike. O portal “Gospel Prime”, por exemplo, voltado ao público evangélico, afirmou que as declarações do pastor representam a opinião de um líder apenas, e que não refletiria todo o segmento religioso.
Vale lembrar que grande parte dos líderes evangélicos declararam apoio ao presidente Jair Bolsonaro, durante a campanha, sendo sempre muito críticos diante do Partido dos Trabalhadores, bem como do ex-presidente Lula, tais como Silas Malafaia e Edir Macedo.