Na semana passada, o programa Tá no Ar levou exibiu uma paródia do seriado Chaves, que tinha como personagem principal um Capitão inspirado no presidente Jair Bolsonaro. O humorista Marcelo Adnet aparecia vestido como Capitão do Exército e falava igual a Bolsonaro. A paródia repercutiu e foi elogiada por algumas pessoas e criticada por outras.
Entre aqueles que não aprovaram a paródia está o Grupo Chespirito, dono dos direitos de Chaves ao lado da rede de televisão mexicana, Televisa. O grupo não gostou de ver sua imagem associada à críticas políticas.
“O Grupo Chespirito não aprova, nem compartilha das opiniões ou pensamentos apresentados no esquete do Chaves exibido no programa ‘Tá no Ar’. Respeitamos as correntes de pensamento e a liberdade de expressão, no entanto não nos associamos a qualquer opinião e conceito geral e político expressado pelos atores caracterizados como os personagens do Chaves“, informou em comunicado publicado em suas redes sociais nesta terça-feira (22).
A nota termina com um agradecimento ao público brasileiro pelo carinho que tem pelos personagens de Roberto Gómez Bolaños, o criador do Chaves, e morto em novembro de 2014. Atualmente, Chaves é exibido pelo SBT, na TV aberta, e pelo canal pago Multishow, na TV fechada.
Muitos internautas comentaram a postagem. O grupo Chespirito Love, formado por fãs da obra de Bolaños, também se manifestou. “O problema não foi zoar o presidente. Não achamos nada correto chamarem Chaves que sempre foi o menino querido de Roberto, de VAGABUNDO. AH, façam o favor”, comentou.
Na paródia do Tá no Ar, o Jair Bolsonaro de Adnet chama seu Madruga (Marcius Melhem) de “vagabundo” por estar desempregado e acusa Professor Girafales (Danton Mello) de ensinar “darwinismo, kit gay e ideologia de gênero“.
A Globo e os humoristas do Tá no Ar ainda não se manifestaram sobre o comunicado do Grupo Chespirito.