Bolsonaro cala críticos em Davos e esquerda já teme perda de poder

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A apresentação de Bolsonaro em Davos parece ter animado à mídia mundial. Diversas reportagens destacaram o tom incisivo do presidente e sua firmeza ao discursar. O El País destacou a expectativa de empresários e executivos em investir no Brasil.

Bolsonaro focou parte do seu curto discurso em reiterar o seu compromisso com a abertura comercial e econômica, esclarecendo que o principal atrativo serão as facilidades e lucratividade dos negócios. Segundo palavras dele, o viés ideológico não será motivação para novas negociatas. 

O El País ainda citou a presença do ministro da Justiça, Sergio Moro, na comissão do governo brasileiro. Segundo veículos de comunicação presentes no local, Bolsonaro “para mais detalhes, apelou ao ministro da Justiça, o juiz Sergio Moro, que colocou na prisão o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também faz parte da delegação brasileira deslocada para Davos”.

Sérgio Moro, que também discursou, foi indagado sobre o filho do presidente, Flávio Bolsonaro, que recentemente vem sendo investigado pela COAF. Moro se esquivou do assunto. O The Guardian não deixou de mencionar que Bolsonaro enfrenta uma crise interna graças à investigação movida contra seu filho, o que teria ofuscado um pouco do brilho do seu discurso. 

“Enquanto o presidente – que chegou ao poder prometendo libertar o Brasil da corrupção e da criminalidade se preparava para subir ao palco em Davos, relatórios divulgados em um dos principais jornais brasileiros ligaram seu filho a membros de um grupo de extermínio do Rio de Janeiro chamado Escritório do Crime”, escreveu o correspondente Tom Philips.

O argentino La Nación repercutiu a fala de Bolsonaro contra a esquerda latino-americana em seu título: “Bolsonaro em Davos: A esquerda não prevalecerá na América Latina”. E completou falando sobre o nervosismo aparente do presidente.