O ator Caio Junqueira, de 42 anos, faleceu nesta quarta-feira (23), depois de uma semana internado no Hospital Municipal Miguel Couto, no Rio de Janeiro. Ele sofreu um grave acidente de carro na semana passada e seu estado de saúde era grave.
Diante da notícia do falecimento, algumas pessoas nas redes sociais não entenderam porque um ator famoso ficou internado em um hospital público e não foi encaminhado para um hospital particular. Normalmente, artistas têm convênio médico.
Desde 2016, há uma lei no Rio de Janeiro que permite que acidentados possam ser encaminhados para hospitais particulares se tiverem plano de saúde, mas como Caio Junqueira estava sozinho no veículo e ficou desacordado, seria impossível para os profissionais que o atenderam identificar se ele tinha ou não plano de saúde.
Em 2016, quando havia a discussão sobre a lei que permita encaminhar pacientes a hospitais particulares, o vice-presidente do Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro, Nelson Nahon, defendeu os hospitais públicos.
“Os hospitais municipais e estaduais são especializados em traumas. Sabemos que tem sobrecarga, que o lençol não é o mais bonitinho, mas quem tem experiência e condição técnica para esses atendimentos são os hospitais públicos”, afirmou.
Caio Junqueira foi encaminhado ao hospital mais próximo do local do acidente e com capacidade e estrutura para atendê-lo diante da gravidade do caso. Mas por que ele não foi transferido para um hospital particular?
Partindo do pressuposto de que ele tivesse convênio médico, a transferência só ocorre quando o paciente está estabilizado. Como o estado de saúde de Caio Junqueira era grave, a transferência para um outro hospital poderia ser arriscada. Por volta das 5h50 desta quarta-feira, o ator sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.