A Polícia Civil, em ação conjunta com o Ministério Público do Rio de Janeiro, realizou na última terça-feira (22) a chamada Operação Intocáveis, que visava chegar até os milicianos que integram o chamado “Escritório do Crime”, acusados de realizarem uma série de ações criminosas, como extorsão e demais atos ilícitos.
Um dos cinco apreendidos na operação afirmou ter recebido, diretamente de um deputado, quatro caixas de uísque, e a revelação gerou grande revolta entre a população.
O fato foi apurado por intermédio de escutas telefônicas realizadas pelo Ministério Público, mediante autorização judicial. Entretanto, não foi mencionado o nome do deputado, nem mesmo se ele atuava na esfera estadual ou federal.
As conversas são entre Manoel de Brito Batista, conhecido pela alcunha “Cabelo”, juntamente com outro homem, no dia 25 de outubro de 2018. Os detalhes só foram divulgados agora.
Crueldade e extorsão da população local pelos milicianos
Denúncias anônimas que foram encaminhadas para o Ministério Público, apontam a crueldade praticada pelos milicianos, diante da população local. Pelos detalhes é possível identificar que eles agrediam aqueles que não concordassem com os seus “questionáveis” métodos.
Várias taxas ilegais eram cobradas, em uma espécie de extorsão. A internet, fornecida de forma clandestina, custava a quantia de R$ 50. A TV a cabo que era fornecida para os moradores das comunidades, custava R$ 70. O abastecimento de gás de cozinha, R$ 90. e os chamados “gatos” de luz, uma forma de roubo de eletricidade da distribuidora, custava R$ 100.