Viúva de Marielle Franco pode ser presa após grave acusação contra Bolsonaro?

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Viúva da vereadora Marielle Franco (PSOL-RJ), morta em março do no passado, não se conforma de o crime ainda não ter sido solucionado e os assassinos presos. Em entrevista à rádio France Info (RFI), da França, Monica criticou o atual presidente, Jair Bolsonaro (PSL), mas o Código Penal pode ser usado contra ela.

Na entrevista, Monica afirma que passou do luto para o combate. Ela diz que também que Marielle era uma figura carismática. As pessoas a paravam na rua para tirar fotos. No dia do crime, as duas almoçaram juntas, trocaram mensagens e, no final do dia, Monica recebeu a notícia de que Marielle estava morta.

Na entrevista, Monica criticou o presidente Bolsonaro. “Um presidente, um homem que está no principal cargo de poder, não se manifestar a respeito de um dos assassinatos políticos mais violentos da história do país, é no mínimo conivente“, afirmou.

Ela foi além e chegou a dizer que o silêncio torna Bolsonaro “cúmplice” do assassinato da vereadora. “É perigoso ter um governo que legitima a violência“, explica Monica. As acusações contra Bolsonaro, porém, podem se voltar contra a viúva de Marielle.

De acordo com o artigo 138 do Código Penal, “Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena – detenção, de seis meses a dois anos, e multa“. Pela lei, o cúmplice é a pessoa que colabora, de alguma forma, com o crime.

Para que haja alguma possível punição para Monica, Bolsonaro teria que mover uma ação contra ela. Na época do crime de Marielle, o presidente era Michel Temer (MDB).