A médica Marcelle Porto Cangussu, de 35 anos, estava de folga na sexta-feira (25). De última hora, ela foi chamada para trabalhar. Marcelle foi a primeira vítima identificada do rompimento de uma barragem da Vale, em Brumadinho, Região Metropolitana de Belo Horizonte, em Minas Gerais.
Jovem, Marcelle havia completado 35 anos no dia anterior à tragédia. A médica trabalhava na Vale desde 2016. Ao G1, o pai de Marcelle, Christian Garrido Higuchi afirmou que a família está no Instituto Médico Legal (IML), em Belo Horizonte, cuidando dos trâmites legais para que o corpo seja liberado.
Desde 2015, Marcelle atuava como médica do trabalho. Ela obteve o título de especialista nessa área junto à Associação Nacional de Medicina do Trabalho (ANAMT) e a Associação Mineira de Medicina do Trabalho (AMIMT).
De acordo com as informações divulgadas até o momento, o número de mortes confirmadas chegou a 34 pessoas. Além disso, há centenas de desaparecidos e as chances de encontrar sobreviventes diminui a cada hora, deixando a possibilidade cada vez mais remota.
Cerca de 12 milhões de metros cúbicos de rejeitos de minério invadiram parte de Brumadinho depois que a barragem rompeu, na tarde de sexta-feira (25), causando um rastro de destruição e morte.
No Facebook, o perfil de Marcelle Porto está recebendo diversas mensagens de condolências. Muitas das postagens que aparecem em sua timeline são de assuntos relacionados à causa animal, ao qual ela era bastante engajada e totalmente contra a violência com estes seres.