A prefeitura do município mineiro de Brumadinho, palco da tragédia envolvendo o rompimento de uma barragem da Companhia Vale, estuda a ampliação do terreno ocupado pelo cemitério municipal, a fim de que haja capacidade para receber as vítimas do Córrego do Feijão.
Nesta segunda-feira (28), os funcionários estavam no aguardo da autorização dos engenheiros, para que pudesse ser feita a roça da grama, e a ampliação da capacidade do cemitério.
Josana Pereira, funcionária da prefeitura que cuida da gestão dos cemitérios, informou que toda a estrutura para receber os familiares das vítimas foi montada, tais como banheiros químicos, tendas e água mineral.
A intenção é promover a ampliação da parte inferior do local. Os sepultamentos continuam todos os dias, de acordo com a liberação dos corpos por parte do Instituto Médico Legal da capital, Belo Horizonte.
Cotidiano da cidade é abalado após a tragédia
O primeiro dia após o desastre foi marcado por uma total mudança no dia a dia do centro comercial de Brumadinho. A região esteve muito pouco movimentado, representando o sofrimento que a população enfrenta com a tragédia.
Poucos comércios resolveram abrir, sendo que muitos traziam na porta o símbolo de luta. Quase todos os moradores da cidade perderam algum conhecido mais próximo.
O jornal Estado de Minas, por meio de seus enviados especiais, aborda o cenário da população local. Uma comerciante afirmou que resolveu abrir sua loja de roupas, com o objetivo de tentar se distrair, para esquecer o ocorrido.
Além disso, o tráfego na cidade está comprometido, pois o caminho que liga os dois lados do município, separados pelo local onde a barragem se rompeu, está indisponível para passagem.