Preso na sede da Polícia Federal (PF) em Curitiba, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cumpre pena de 12 anos e um mês de prisão pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Nesta terça-feira (29), Lula sofreu um grande golpe: Genival Inácio da Silva, de 79 anos, irmão do ex-presidente, morreu em São Bernardo do Campo, ABC Paulista.
Vavá, como era conhecido, sofria de um câncer no sangue e lutava pela vida desde o ano passado. A presidente do Partido dos Trabalhadores, Gleisi Hoffmann, manifestou-se nas redes sociais. Ela afirmou que trata-se de “mais uma tristeza para Lula“.
“Morre seu irmão mais velho, Vavá, vítima de um câncer. Lula tinha em Vavá uma figura paterna. Nossos sentimentos à família. Abraço afetuoso e de força a Lula. Esperamos que ele possa ver Vavá pela última vez“, escreveu no Twitter.
A Lei de Execução Penal prevê que Lula pode deixar a superintendência da Polícia Federal para se despedir de Vavá. O enterro acontece nesta quarta-feira (30), no cemitério Paulicéia, em São Bernardo do Campo.
De acordo com o artigo 120 da Lei, os condenados podem deixar a cadeia, escoltados, em razão de “falecimento ou doença grave do cônjuge, companheira, ascendente, descendente ou irmão“. Fatores como a segurança das pessoas que vão ao enterro podem dificultar a ida de Lula.
O Sindicato dos Metalúrgicos do ABC emitiu nota lamentando a morte de Vavá. “O companheiro Vavá sempre esteve nas lutas em todos os momentos no Partido dos Trabalhadores de São Bernardo do Campo, que a exemplo de seu irmão e nosso grande líder Lula sempre foi ativo militante e sua dedicação em favor da classe trabalhadora e dos menos favorecidos é exemplo a ser seguido“, diz a nota.
Em 2007, Vavá foi indiciado na Operação Xeque-Mate, mas não chegou a ser denunciado nem preso.