O Brasil inteiro acompanha com grande angústia o triste desfecho, após o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Vale, em Brumadinho, Minas Gerais. A tragédia provocou um rastro de destruição e morte na cidadezinha do interior mineiro.
De acordo com os agentes do Corpo de Bombeiros, a medida que o tempo passa, as chances de encontrar sobreviventes fica cada vez menor. Segundo informação do Corpo de Bombeiros, as buscas estão mais concentradas na área do refeitório, local onde funcionários estavam almoçando no horário da tragédia.
O trabalho vai ficando cada vez mais arriscado, pois a lama fica mais sedimentada e menos fofa. Para evitar que o corpo vá afundando, os agentes precisam rastejar na lama. A barragem que estourou ficava localizada na mina do Córrego do Feijão.
O rompimento da barragem varreu a comunidade próxima do local e parte do centro administrativa da Vale. Entre as vítimas, estão os moradores da comunidade e empregados da mineradora.
Apesar do tempo, alguns familiares ainda mantêm esperanças de localizar seus entes queridos com vida. Incansável, Giselle Santan, de 22 anos, procurou pelo seu pai, Sebastião Divino Santan, de 58 anos, desde o anúncio da tragédia.
A jovem conseguiu recuperar o telefone celular do pai completamente intacto, porém o homem ainda segue desaparecido.
Giselle contou que conheceu uma mulher que se prontificou a ajudá-la na busca. “Em questão de 20 minutos, através de alguém da Vale que conhecia essa mulher, descobri que o crachá da Vale e o cartão do CPF estavam dentro do caminhão. E o caminhão dele não tem barro”, disse a jovem.
Ainda de acordo com a jovem, o veículo usado por Sebastião estava na portaria da empresa. Ela acredita que o pai viu a lama e saiu correndo, pois para almoçar seria necessário estar com o crachá.
No entanto, Giselle acredita que o pai talvez esteja na mata precisando de ajuda, mas está preparada para dar um enterro digno se ele for encontrado em meio a lama.